300 dias em Paris – Entrevista!

Vanessa e o Arco! <3

Muita gente tem o sonho de morar um tempo fora do país, para estudar e/ou trabalhar. Pensando nisso, achei que seria legal fazer uma postagem sobre como é esse processo, as alegrias e os desafios. E como o foco aqui é a França, quem melhor do que uma pessoa que morou e estudou em Paris? Vanessa Santos é graduada em psicologia pela UFRJ e resolveu que seu mestrado em psicanálise seria feito na Université Paris Diderot. Ela compartilhou essa experiência no blog 300 dias em Paris, que vale muito a pena ser lido! Segue a entrevista. Espero que seja útil! 😉

Como surgiu o interesse em estudar na França?
Vanessa Santos: Eu sempre quis conhecer a França, não me lembro muito bem desde quando. Tive a oportunidade de ir como turista em 2011, fiquei apaixonada por Paris e doida para voltar. Aí, um belo dia, ouvi uma colega de estágio falando que ia morar lá e fazer um Master em psicanálise. A partir daí, fiquei obcecada com essa possibilidade. Decidi que tinha que morar em Paris e que iria unir o útil ao agradável, ou seja, fazer também um Master na minha área profissional, a psicanálise, que é muito forte na França.

Você já dominava a língua ou fez algum curso na época?
VS: Não exatamente. Tinha feito um curso de francês na Wizard por dois anos, mas quando cheguei lá na viagem em 2011 percebi que não sabia grande coisa. Como não tinha muito tempo para fazer anos de curso, contratei uma professora particular de francês, que era aquela colega de estágio que tinha ido morar em Paris e já tinha voltado. Estudei com ela por um ano e alguns meses e aprendi muito, não só de francês, mas da vida lá e do processo de candidatura e do Master. Esse tempo com ela foi essencial, me ajudou muito com tudo.

Como foi o processo seletivo da Université Paris Diderot? O curso é gratuito ou foi necessário pagar?
VS: O processo seletivo foi exatamente como descrito pelo Campus France, que é um órgão do governo francês que faz a ponte entre os estudantes estrangeiros e as universidades francesas. É um processo cheio de etapas e burocracias e se gasta muito dinheiro nele, mas você sabe cada detalhe de como vai ser desde o começo porque eles tem um sistema muito organizado e te esclarecem todas as dúvidas que você tiver. No site do Campus France Brésil, tem um manual com o passo a passo do processo que é leitura obrigatória para quem quer estudar lá.
Quanto ao curso, ele não é gratuito. Em 2014, paguei em torno de 500 euros numa taxa única que cobre um ano de estudos mais a sécurité sociale, que funciona basicamente como um plano de saúde para estudantes de até 26 anos e é obrigatório.

É muito burocrático/caro conseguir o visto de estudante? Com ele você pode exercer algum tipo de atividade remunerado ou apenas estudar?
VS: O visto em si não é tão burocrático e nem caro, você basicamente reúne todos os documentos listados no site do consulado e leva no dia agendado pelo site. Só que tem que ter todos os documentos mesmo, e não adianta tentar enganar o consulado de forma alguma porque eles já conhecem os truques e são super rígidos, principalmente com relação à comprovação de renda (sua ou do seu responsável financeiro) e ao motivo de sua viagem, porque neste caso é preciso já ter a carta de aceite da universidade. O meu visto era de 12 meses e eu tinha uma autorização para trabalhar até 21 horas por semana.

Como foi conseguir uma moradia?
VS: Não foi difícil como tinha visto nas minhas pesquisas. Foi fácil, aluguei pela Paristay, uma imobiliária que só aluga para estrangeiros (tem a Lodgis e a Paris Attitude também, que são mais baratas até), então não exigem o famoso fiador francês que resida na França há pelo menos dois anos e que tenha uma renda de três vezes o valor do aluguel. Eles pedem isso também, mas o fiador não precisa ser francês, pode ser seu pai ou mãe. Só que foi bem caro, pois tive que pagar o primeiro mês de aluguel, mais a comissão da imobiliária, que não lembro quanto foi, mas não foi barata, e ainda o seguro residencial, que também foi caro. O processo é simples, você pesquisa o apartamento no site deles, envia uma proposta de aluguel, eles te retornam com a lista de documentos, você envia e eles te passam a resposta do proprietário. Aí é só pagar tudo e assinar o contrato.

O que achou do ambiente em sala de aula? Conseguiu fazer amigos no tempo em que morou lá? Sofreu preconceito por ser brasileira?
VS: O ambiente em sala de aula era tranquilo. Não sofri preconceito algum por ser brasileira, e de qualquer forma tinha muitos estrangeiros na sala. Sempre fui muito bem tratada por todos os estudantes franceses com quem falei na faculdade, mas uma coisa que percebi, que não posso dizer que é igual em todos os lugares, claro, mas que aconteceu comigo, foi que os franceses não se enturmavam com a gente, ou talvez a gente não se enturmasse com eles. Eles tinham seus grupos de amigos, e os brasileiros formavam seu próprio grupo. A interação era quase inexistente.

Quanto tempo morou na França? O que achou da experiência?
VS: Morei lá por uns 11 meses e concluí o Master de Psicologia, na especialidade Psychanalyse et recherches interdisciplinaires. Foi uma experiência extremamente enriquecedora, mais pessoalmente do que profissionalmente, para ser sincera. Mas não foi fácil, nem um pouco, e passei por belos perrengues e me decepcionei com algumas coisas. É tipo viver a realidade mesmo. Às vezes a gente vai pra lá com uma fantasia em que tudo vai ser perfeito e lindo, como um conto de fadas, e na verdade é uma vida fora do nosso país, com trabalho e estudo, e dificuldades com o idioma e burocracias, e saudades de casa.

Acha que estudar fora te ajudou profissionalmente quando voltou ao Brasil?
VS: Para ser bem honesta, não. O mercado de trabalho na minha área, a psicologia clínica de abordagem psicanalítica, é muito complicado e sem opções e um Master (que revalidei agora como mestrado) não me ajudou em nada para conseguir trabalho na profissão, justamente por ser algo acadêmico e que não é tão valorizado quanto uma especialização comum lato-senso, com foco no profissional. O ganho profissional que tive foi de outra ordem, mas não no quesito emprego.

O que você gostaria de dizer para quem está pretendendo estudar na França?
VS: Tenha paciência, persevere. O processo é longo, trabalhoso, custoso, mas vai dar certo. E tem uma coisa que é importante ter em mente também, é que não é um conto de fadas. Você vai passar por dificuldades, vai se decepcionar com algumas coisas, e esteja preparado para isso. É uma vida, e a não ser que você não precise trabalhar ou estudar e assistir aulas, não vai ser uma vida Hollywoodiana só de viagens, festas e diversão. Vai ter trabalho e estudo e supermercado todo dia e lavanderia e banco e outras coisas pra resolver. Mas no fim tudo vai valer a pena.

Café des Deux Moulins!

Nosso café! =)

Sou fã da Audrey Tautou e admito que fiquei muito feliz quando tive a oportunidade de vê-la de perto e pegar um autógrafo na pré-estreia de Uma Doce Mentira (De vrais mensonges), que rolou numa edição do Festival Varilux aqui no Rio de Janeiro. Ela usava uma calça igual a que eu tinha na época e fiquei me sentindo a fashion. Quase melhores amigas. =P

Apesar de admirar muito seu trabalho, O Fabuloso Destino de Amélie Poulain não é o meu filme favorito dela. Só assisti uma vez, muitos anos atrás. Porém, uma vez em Paris – e hospedada em Montmartre – não fazia sentido deixar de ir ao Café des Deux Moulins, que é um dos cenários do filme. Quem me falou que ele era ali pertinho foi minha amiga e resolvemos que tomar o café da manhã do dia do seu aniversário por lá era uma boa ideia.

O local é bem bonitinho, o atendimento foi simpático e eles têm um poster enorme da Amélie para que as pessoas possam fazer fotos, além de alguns objetos usados no filme que ficam no caminho para o banheiro. Pedimos um combo de café da manhã e estava gostoso, mas não espetacular. Não recordo os preços do cardápio, mas acho que eram parecidos aos de estabelecimentos equivalentes. Se fosse muito caro eu lembraria.

Eles também servem almoço e jantar. Lembro que em outro dia jantamos por lá e eu confundi o nome das frutas e acabei gastando meus lindos euros num suco horrível. Na dúvida use o Google Tradutor, gentes. Nesse dia aproveitei para provar o famoso Crème brûlée, que a Amélie tanto curtia. Achei bem gostoso! E olha que é difícil eu curtir doces que não tenham chocolate. A comida em si considerei apenas normal. Não é um super restaurante, mas tem a vantagem de fechar tarde.

Minha avaliação sobre o Café des Deux Moulins é que vale a pena incluir uma passada nele no dia em que você for ver outras coisas em Montmartre. Dá para tirar foto só da parte de fora, caso não queira gastar dindin lá, mas acho que vale a pena entrar, pedir alguma coisinha e aproveitar para fazer um book dentro do cenário de um dos filmes franceses mais populares do mundo. Não precisa ter vergonha porque a maioria das pessoas está lá para isso mesmo e os donos do local sabem lucrar em cima da fama. A decoração é antiguinha e uma graça. Acho que faz sucesso mesmo entre quem não viu o filme.

O restaurante funciona de segunda à sexta das 07h30 às 02h e aos finais de semana das 08h às 02h. O endereço é 15 Rue Lepic e eles só sugerem reserva para grupos a partir de quatro pessoas. Quando fomos o local não estava cheio. Acredito que a boa seja fugir dos horários de pico para ter mais tranquilidade para fotografar tudo sem disputar vaga com outros fãs. 😉

Tour Montparnasse!

É claro que a Torre mais famosa de Paris é a Eiffel, mas existe outra que é bem legal também e merece uma visita! A Torre de Montparnasse é um edifício de 210 metros, localizado no bairro homônimo, que possui um observatório panorâmico no 56º andar. E para chegar lá o elevador leva apenas 38 segundos! Além desse espaço coberto, todo em vidro, existe também um terraço ao ar livre! Além da vista incrível, eles também possuem uma loja de lembrancinhas – caras, obviamente, um café e no verão um bar de champanhe no terraço. O ingresso para adultos custa 15 euros, mas existem preços diferenciados na faixa etária entre 7 e 20 anos e para estudantes. Crianças menores de 7 anos entram de graça. Também é possível comprar um bilhete válido por 48 horas por 20 euros e por mais 12 euros você pode tomar uma taça de champanhe no alto da torre e se sentir rhyka/o.

Quando fui optei pelo bilhete mais simples mesmo e nada de champanhe! Recomendo a compra aqui no Brasil ainda. É bem mais prático já sair com as coisas organizadas. Evita estresse de fila e frustração de eventualmente estar esgotado para o dia que você quer. Fui na Torre no entardecer. Meu primeiro programa em Paris. Saímos do hotel para lá e foi incrível.

Apesar do prédio ser feio, a vista do observatório é maravilhosa! Como fica numa região central, dá para ver a cidade toda! Esperamos anoitecer e deu para assistir, do terraço, ao show de luzes da Torre Eiffel. Momento lindo. A Torre de Montparnasse é um lugar perfeito para tirar fotos da cidade. Claro que é cheio e rola uma dificuldade de achar aquele cantinho maravilhoso para fazer um book, mas com um pouco de paciência se consegue. Infelizmente não sou uma boa fotógrafa e nem tenho uma máquina incrível, mas mesmo as minhas fotos simples ficaram lindas!

Recomendo muito que se tire um tempinho e verba para esse programa. Muitas pessoas focam só na Torre Eiffel, que é linda também e obviamente tem que ser visitada, e nem dão uma chance para a de Montparnasse. Mas ela vale a pena, justamente porque – entre outras coisas – é de lá que se tem a possibilidade de fazer fotos de cartão-postal da torre mais famosa do mundo! Se possível, sugiro fazer como eu e colocar logo no primeiro dia esse programa. Já chegar olhando a cidade de cima é uma experiência mágica!

Mulheres Francesas – Alexandra Loras!

A postagem de hoje é sobre uma francesa que desembarcou aqui com o título de consulesa, mas que se mostrou nada decorativa! Alexandra Loras é filha de uma francesa com um imigrante gambiano, que foi morar nas ruas devido à dependência química. Ela cresceu sendo a única filha negra dentre cinco irmãos, numa família bem sucedida financeiramente. O status social não a livrou dos efeitos do racismo, no entanto. Ela já contou em entrevistas que sofreu preconceito por conta de sua cor tanto em seu país de origem quanto no Brasil, onde apesar do alto cargo do marido ela chegou a ser tratada como se fosse babá de seu filho – que é loiro.

Alexandra é mestra em Gestão de Mídia e foi durante sete anos apresentadora de televisão nos canais France Television e TF1. No Brasil ficou conhecida por organizar, junto com seu marido, o Bailinho da Bastilha, entre outros eventos sociais enquanto consulesa. Além de jornalista, ela é empresária, consultora de empresas e escritora. O que eu acho mais interessante em sua biografia, no entanto, é que ela tem usado sua posição social e visibilidade para falar muito sobre machismo e racismo. Como mulher e negra, Alexandra entende que é preciso se posicionar no mundo e questionar o estado das coisas. Ela é, inclusive, fundadora do Fórum Protagonismo Feminino.

Segundo sua página oficial, Alexandra “Trabalha com líderes empresariais para criar um clima mais equilibrado nas organizações, onde a conscientização sobre diversidade de gênero e de raça é tão importante quanto a prosperidade do negócio”. Ela também dá palestras, entrevistas e procura tratar sempre sobre  o tema do empoderamento negro, mostrando como ter boas referências pode ajudar no desenvolvimento da autoestima e ampliar as chances de sucesso de outros negros e negras. Além disso, ainda realiza um trabalho com imigrantes. Quanta disposição!

Alexandra e o marido Damien Loras gostaram tanto do Brasil que resolveram ficar. E olha que ela já viajou por 50 países! Ele deveria ter sido transferido de posto, mas pediu licença do trabalho e juntos criaram a Loras D&A Consultoria. É claro que existe muito de interesse financeiro no empreendimento deles e na decisão de ficar no Brasil, onde estão conseguindo bastante visibilidade e oportunidades de negócios. Mas a causa de Alexandra é boa e vale a pena ser propagada!E é importante notar como o problema do machismo e do racismo está presente em todos os lugares e precisa ser combatido na língua que for. Seja na França ou no Brasil, ainda há muito o que avançar.

Cinéma!

Carnaval acabou e hoje é dia de estar todo mundo de ressaca – nem que seja a emocional de ter que voltar ao trabalho…Que tal curtir essa quarta-feira de cinzas com um filminho franco-belga que é um uma gostosura de assistir?E ainda dar aquela treinada básica no francês… A Família Bélier (La Famille Bélier) é o tipo de obra que tem potencial de agradar a todos. Dá para assistir com a família, com os amigos, com o armozinho e mesmo sozinho sem cair na deprê!

Apesar de ser cinema europeu, a Família Bélier segue um estilo bem cinemão comercial, com uma história simples, leve e linear. Mas nem por isso menos emocionante. A trama se desenvolve em torno de Paula (Louane Emera), uma adolescente que está passando por todas as dificuldades e prazeres dessa fase. Uma garota comum, que faz parte de uma família com uma característica específica: seus pais e irmão são surdos. Eles moram numa fazenda e ela serve como intérprete nas negociações.

A coisa complica quando Paula descobre que tem talento para cantar e resolve se inscrever num concurso de canto que pode levá-la a estudar em Paris. Sua família não gosta muito da ideia, tanto por ser algo que os exclui – afinal é música, quanto com a perspectiva dela se mudar para longe e desmontar a unidade familiar. No meio disso ainda tem o desenvolvimento do primeiro amor da protagonista e o desejo do pai dela em se tornar prefeito.

O filme equilibra bem a parte musical – Je Vais T’aimer gruda na cabeça! – com a parte dramática e de comédia. Ele emociona e diverte. Também acho bem interessante o fato de tratarem a surdez como uma característica familiar que traz necessidades específicas sim, mas que não torna ninguém ali coitado ou incapaz. São pessoas como outras quaisquer. Isso é respeito!

Louane Emera fez sua estreia no cinema depois de ter ficado famosa no The Voice francês e acabou levando o César de Revelação Feminina por seu papel. Família Bélier também ganhou o prêmio do público no Festival de Cinema de Sarlat e tem tudo para conquistar seu coração também! Espero que gostem da dica! Deixem opiniões e sugestões nos comentários! =D

Viajar por conta própria ou por agência? Eis a questão!

Na postagem anterior escrevi um pouco sobre hotéis, mas fiquei pensando que seria legal também falar sobre as opções de compra de passagem, reserva de hotel, passeios…Enfim, sobre qual o melhor jeito de organizar sua viagem para a França (ou para qualquer outro lugar, claro!). Vamos lá!

A primeira coisa a dizer é que não acredito em um modelo fechado que sirva para todo mundo. Eu já viajei comprando diretamente com a companhia área, já fui por agência e já comprei por site de pesquisa de preços. Com milhas nunca fui para lugar nenhum porque tem que ser rico para isso. Já viram o quanto é difícil fazer pontos suficientes para comprar uma simples passagem RioxSP? No fim das contas, acho que a melhor opção é aquela que se encaixa no seu perfil, bolso e momento de vida!

Agência de Viagens – Essa opção costuma ser mais cara, mas tem a vantagem de que o agente de viagens cuida de tudo por você. Normalmente essas empresas permitem o parcelamento em várias vezes sem juros no cartão de crédito, o que pode ser uma boa opção. Geralmente no pacote básico elas oferecem passagens, hospedagem, transfer (transporte aeroporto-hotel-aeroporto) e city tour (passeio pelos pontos turísticos, geralmente num ônibus ou van). Mas também é possível comprar ingressos/locomoção para outras atrações através da agência. Fora que se der algum problema você tem para quem ligar e solicitar uma solução. Acho que é a opção ideal para quem não está acostumado a organizar uma viagem sozinho e se sente inseguro para isso. Também é uma boa para quem não fala a língua do local (ou pelo menos inglês) porque eles costumam ter guias e atendimento em português.

Viajei duas vezes por agência e gostei. A primeira foi para Buenos Aires. Era minha primeira viagem para fora do Brasil e fui (com meu então namorado) pela Casa Aliança. Gostei dessa agência porque na época fizeram um bom preço e nos colocaram em voos com horários adequados. Eles cuidaram do hotel, transfer, seguro viagem e city tour. É importante prestar atenção porque algumas empresas oferecem um pacote de, por exemplo, cinco dias, mas quando você vai ver os horários dos voos (e as escalas!) descobre que vai passar só dois dias e meio no local. Fujam desse tipo de agência!

Outra empresa que usei em viagem foi a MR Agência de Viagens, que me foi indicada por uma amiga. Fui para Gramado com ela e gostei do hotel. Incluiu também as passagens aéreas, o transfer e um city tour. Eu só não gostei do voo ter escala, mas foi uma opção nossa (o mesmo namorado da viagem para Buenos Aires) na época para economizar. Hoje eu acho que não compensa fazer escala ou conexão para pagar menos porque é muito desgastante para mim, que tenho medo de avião. Mas para quem voa de boas pode ser uma escolha válida. Meus pais também usaram os serviços dessa agência uma vez e gostaram.

Essas são as que já utilizei e posso falar sobre, mas o que não faltam são opções! A maioria dos shoppings (pelo menos no RJ) possuem ao menos uma agência. E também é possível encontrar opções pela internet. Só aconselho que faça pesquisa de preço antes de fechar um pacote. Tire todas as dúvidas que pintarem e leia o contrato! Atenção para os horários dos voos, localização do hotel e etc. Melhor ser um cliente “chato” do que um viajante frustrado!

Conta própria – Comprar tudo separado tem a vantagem de que geralmente sai mais barato. Mas dá mais trabalho! No caso das passagens recomendo olhar todas as empresas que possuem voos para França. A gente logo pensa em Air France, mas existem outras que fazem esse trajeto. Quando fui pegamos um voo da KLM e como tinha uma parada obrigatória em Amsterdã aproveitamos para esticar a troca de aeronave e ficamos seis dias na cidade! Fizemos isso pelo site mesmo. Comprar passagens por sites como Decolar.com, que fazem a pesquisa de preço por você tem a desvantagem de ter uma taxa a ser paga eles. Fiquem de olho nisso porque geralmente vale mais a pena pesquisar lá e comprar diretamente no site da empresa. Fora que peguei implicância com eles desde enrolaram meu atual namorado. Tínhamos direito a um desconto numa promoção deles com a Mastercard e eles não aplicaram nem deram ouvidos quando reclamamos. Comprar por milhas é uma opção para quem usar muito o cartão de crédito. E tem um site chamado MaxMilhas, que promete facilitar a compra e venda delas. Eu nunca usei, mas uma amiga já vendeu milhas por lá e deu tudo certo. Pode ser uma boa caso você não tenha milhas suficientes para comprar uma passagem porque pode vender lá suas milhas e usar a grana em alguma outra despesa da viagem.

Segundo o site da Exame os melhores dias para a compra da passagem internacional são ida na sexta-feira a volta na segunda-feira para viagens de até sete dias e ida na segunda-feira/terça-feira e volta na quarta-feira/quinta-feira caso vá ficar mais de sete dias. Se você tem flexibilidade para marcar as férias é uma boa fugir dos meses de férias escolares porque a procura – e os preços – aumentam.Comprar com alguma antecedência é bom, mas não muita. Adquirir uma passagem para daqui um ano provavelmente não vai valer a pena. Comprar para o dia seguinte também não. Pesquisando na internet eu achei a sugestão de comprar entre 30 a 60 dias para a baixa temporada e entre 60 e 120 dias na alta temporada em voos para fora do Brasil. As regras para bagagem estão para mudar. Quanto começarem a valer pretendo fazer um novo post. Acredito que vai encarecer o preço final e que vamos ter que economizar um pouco mais para comprar as passagens e conseguir andar vestido no destino das férias, afinal quem viaja sem mala?

Hospedagem eu já tratei melhor no outro post, mas se você vai por conta própria acho que a boa é olhar sites de comparação de preços como Booking e Trivago, ir nos sites próprios dos hotéis/hostels que gostar, ler as avaliações do TripAdvisor, perguntar aos amigos sobre onde já ficaram e pesquisar sobre a localização antes de fechar. A vantagem de um Booking da vida é que é em português. Contato diretamente com o hotel/hostel você provavelmente vai precisar pelo menos usar o inglês. Claro que dá para usar o tradutor, mas alguma informação pode ser pedida no processo. E tem a opção de aluguel de apartamentos também. Nunca usei esse tipo de serviço, mas parece que fica mais em conta.

Para o transfer do aeroporto para o hotel é possível pesquisar antes sobre como sair do aeroporto de transporte público, que costuma ser a opção mais barata – e trabalhosa. Também vale a pena investigar se a cidade para a qual você vai tem serviços do tipo Uber/Cabify, que podem ser uma opção intermediária entre o táxi e o transporte público. Muitos aeroportos contam com serviço de ônibus executivo que deixam em locais estratégicos. E é claro que sempre tem a opção do táxi. Geralmente é caro, mas no sufoco salva. Tome sempre cuidado de pegar carros oficiais, com taxímetro. Na frança também tem taxista enrolão!

As atrações também podem ser compradas por conta própria, seja na hora ou através da internet. Eu sugiro comprar tudo que for possível antes, para evitar fila. Você pode comprar tanto através das páginas oficiais dos lugares quanto em sites que fazem revenda de ingressos. Nesse caso é importante verificar se são empresas sérias antes de passar o cartão! Também existem os passes que englobam mais de uma atração e geralmente valem a pena. No caso de Paris usei o Museum Pass e amei. Pretendo fazer uma postagem só sobre ele porque é ótimo, principalmente para quem ama um museu.

O seguro viagem é um serviço que se deve contratar quando a viagem é para fora do Brasil. Ele faz com que você esteja coberto caso precise de atendimento médico e alguns outros problemas durante a viagem. O agente da imigração pode solicitá-lo. E mesmo que ele não faça eu acho importante investir esse dinheiro sim. Vai que acontece algo, não é mesmo? É o tipo de coisa que se contrata torcendo para não usar, mas que ter dá uma segurança a mais. Alguns cartões de crédito oferecem gratuitamente quando se faz a compra da passagem por eles. Procure saber sobre isso quando comprar a passagem. Caso tenha que contratar um por conta própria existem empresas como a Mondial e a SulAmérica que oferecem esse serviço. Também vale a pena pesquisar antes não apenas o preço, mas também as coberturas que eles dão direito.

Espero que essa postagem possa ajudar nos planos da sua próxima viagem! Seja por agência ou por conta própria viajar é uma delícia e vale a pena o investimento. Deixem dúvidas e dicas nos comentários! =D

Um hotel para chamar de seu!

Aí você passou os últimos meses levando quentinha para o trabalho para juntar o dindin do almoço e finalmente conseguiu comprar uma passagem econômica em cinco vezes sem juros pra Paris nas férias! Parabéns! Próximo passo? Onde ficar!
Pensando em dar uma ajudinha na hora de escolher um cafofo para dormir na Cidade Luz, resolvi escrever um pouco sobre o hotel em que fiquei hospedada e também fiz uma enquete com umas amigas sobre os lugares em que se hospedaram e o que acharam. Todo mundo classe média, sem grandes orçamentos.

Hôtel Audran – Localizado na 7 rue Audran, em Montmartre (18º arr.). Esse é o hotel em que fiquei. Fui com um casal de amigos e apesar deles oferecerem a opção de quarto individual fiquei sozinha em um quarto com cama de casal. Não me recordo se não tinha mais disponível essa opção quando fui ou se os quartos de solteiro contam com essa cama sempre.

Achei limpo e confortável, o WiFi era gratuito e funcionava bem. Não possuía café da manhã incluído nem frigobar, o que é comum em hotéis fora do Brasil. Tinha elevador e banheiro nos quartos. No meu o sanitário ficava numa ponta e o box com a pia em outra. Achei inusitado, mas ok. O quarto dos meus amigos possuía vista para a rua, o que deu um charme a mais. O atendimento do recepcionista foi cordial e tinha uma máquina de bebidas na entrada. Os inconvenientes foram que o espelho do banheiro deles desabou do nada! E no meu quarto o cofre não funcionava e não resolveram o problema, então tive que usar o dos meus amigos. Se tivesse sozinha teria pedido para trocar de quarto.

O hotel era perto da estação de metrô Abbesses, que foi inaugurada em 1912 e fica a 36 metros de profundidade – tem uma escadaria em caracol, mas também um elevador amigo! A partir do Audran é possível ir à pé até a Sacré-Coeur e outras atrações de Montmartre, como Le mur des “Je t’aime” e um Carrossel. A diária nesse hotel está por menos de 200 reais de acordo com o Booking de hoje e a avaliação dele está em 8,1. Acho que é um bom custo x benefício, principalmente se a pessoa curte a região de Montmartre. Não é uma área central, é toda trabalhada na ladeira no melhor estilo Santa Teresa-RJ, mas tem bastante charme. Acho que para pessoas com mobilidade reduzida e crianças pequenas fica complicado se hospedar ali porque pode ser um pouco de perrengue no sobe e desce. Admito que tentaria um hotel mais central na próxima para fazer menos baldeações e conseguir andar mais à pé, porém achei a experiência de ficar em Montmartre bastante válida e pretendo escrever mais sobre essa região.

Hôtel Mercure Paris Montmartre Sacre Coeur – Se você tiver um pouco mais de dinheiro para gastar, outra opção em Montmartre é esse hotel da rede Accor/Mercure no qual uma amiga se hospedou alguns anos atrás e gostou bastante. No site deles a diária está saindo por 362 dindins e ele é classificado como 4 estrelas. Fica a apenas 280 metros do Moulin Rouge e a estação mais próxima e a Place de Clichy, que dá acesso direto ao Arc de Triomphe e à Champs-Elysées. Essa parte de Montmartre é mais plana do que a onde fica o Audran. Eu não me lembro de ter visto esse hotel, mas particularmente não curti muito o entorno do Moulin Rouge, que me lembrou a Lapa-RJ. Achei com um clima muito boêmio, mas tem quem curta.

Hôtel Monte Carlo – Uma amiga passou a lua de mel nesse hotel e gostou. Ele fica na região do 9º arr., no bairro Opéra. O hotel fica entre as estações Grands Boulevards e Le Peletier. Essa última fica quase na porta dele. Para as gateiras e gateiros de plantão esse hotel tem gatinhos como tema da decoração. Outra curiosidade é que os quartos têm nomes de cidades. Ele também possui banheiros privativos, WiFi e o café da manhã não está incluído. O custo da diária está por volta de 285 dinheiros pelo Booking para essa época, em quarto de casal. A avaliação dele está em 7,7. Minha amiga disse que voltaria a se hospedar nele.

Hôtel Ibis Paris Avenue de la République – Outra amiga minha ficou nesse hotel, que já existia com o nome de Hôtel de la République, mas foi comprado e reformado pela rede Accor/Ibis. Como pertence à uma empresa grande segue o padrão que quem já se hospedou num Ibis conhece e acaba sendo uma escolha segura. É confortável e limpo. Com banheiros privativos, WiFi e café da manhã à parte da diária base. Minha amiga pago pelo café um dia, mas achou fraco o que também costuma ser uma característica Ibis. Fica localizado no 11º arr., no bairro Bastille. As estações de metrô mais próximas são Oberkampf, République e Parmentier. Ou seja, várias opções! De acordo com o Booking de hoje o preço está entre 218 e 256 e a avaliação atual dos hóspedes é 8,5.

É claro que o nível da hospedagem vai depender muito de quanta grana a pessoa tem e do tipo de viagem que curte. O bom de Paris é que ela tem MUITAS opções, para todos os bolsos e estilos. Desde o hotel mil estrelas até os albergues, passando pela possibilidade de alugar um apartamento em esquemas do tipo Airbnb – que eu ainda não tive coragem de experimentar. Também tem a vantagem de que o metrô tem várias linhas e cobre a cidade toda.

A dica que eu deixo é: pesquise bastante. Pergunte aos amigos que já foram e use os sites de comparação de preços, onde geralmente também dá para ler resenhas que outros hóspedes deixaram. Por ali você consegue ver fotos reais e ler sobre o que eles acharam de bom e ruim. Aí é filtrar! Eu também evitaria me hospedar fora de Paris. A dica é lembrar sempre que a cidade é formada por 20 arrondissements (como se fossem bairros) e escolher um deles, de acordo com seu perfil/bolso. Ficando dentro da cidade dá para fazer tudo de metrô e o preço do bilhete é mais em conta. Fora que se perde bem menos tempo para chegar nas atrações.

Deixem dicas nos comentários! =D

1, 2, 3 e já!

Não sou professora de francês ou agente de viagens. Também não moro/morei na França, apenas visitei Paris. Mas sou uma apaixonada pelo país, então resolvi fazer um bloguinho “gente como a gente” com informações e curiosidades sobre a França! Espero que gostem. E que possa ajudar a quem está planejando estudar a língua, a cultura, visitar ou mesmo morar pela terra do macaron! <3