France avec Tata

Omar Sy é conhecido dos brasileiros principalmente pelo filme Os Intocáveis (Intouchables), mas ele tem várias outras produções interessantes no currículo, como a comédia dramática Uma Família de Dois (Demain tout commence), que esteve entre as atrações do Festival Varilux deste ano e agora entrou na lista de dicas desse bloguinho para uma tarde de chuva.

O filme tem como enredo a história de Samuel (Omar Sy) que vive de maneira irresponsável à beira-mar, no sul da França. Ele trabalha como piloto de uma lancha turística e aproveita a amizade da dona da agência para ralar pouco e curtir bastante – principalmente ao lado de belas mulheres.

Tudo muda e sua vida vira de cabeça para baixo quando uma de suas conquistas aparece com uma bebê, Glória, que é sua filha, e a deixa com ele. Com medo da responsabilidade Samuel corre para Londres com o intuito de devolver a criança para a mãe, mas ao não conseguir encontrá-la acaba assumindo o compromisso de ser pai solo. Oito anos depois pai e filha formam uma dupla adorável e excêntrica. O mundo aparentemente perfeito deles, no entanto, é abalado com a volta da mãe.

Não dá para contar muito mais sem estragar as surpresas do filme, mas dá para garantir que a dupla Samuel e Glória é maravilhosa, que o melhor amigo e parceiro de trabalho do protagonista é super divertido e que a mãe não é retratada como uma vilã sem coração, mas como um ser humano que fez uma escolha complicada, mas que quer se reaproximar da filha com boas intenções. A trama mescla alegria com emoção e é capaz de arrancar umas lágrimas com delicadeza. Uma boa opção para assistir num dia de preguiça com uma caneca de chocolate quente e uma boa companhia.

 

Foi inaugurado dia 03 de outubro um novo museu em Paris que vai deixar os amantes da alta costura empolgados para incluí-lo em seus roteiros! O Museu Yves Saint Laurent Paris está localizado em um palacete cheio de história, pois já servia de sede para a fundação criada em homenagem ao estilista e foi usado como estúdio por Saint Laurent a partir de 1974.

O museu mantem peças e objetos dos dias em que YSL trabalhava por lá. Sua mesa, seus livros, seus óculos e as obras de artes que o cercavam, como o retrato realizado por Andy Warhol em 1974, podem ser contemplados pelos visitantes. As principais criações de Saint Laurent também são apresentadas ao público, assim como vídeos com entrevistas e arquivos com fichas técnicas.

A intenção dos organizadores é que as peças fiquem expostas sob forma de uma retrospectiva até setembro de 2018, e em seguida o museu passe a organizar exposições temporárias, intercaladas pela retrospectiva para que as criações não sofram muito tempo de exposição, evitando os efeitos da luz, da poeira e das variações climáticas sobre as peças.

O Musée Yves Saint Laurent foi um projeto de seu companheiro Pierre Bergé, que buscava preservar, valorizar e difundir o legado do estilista. Ele também idealizou um segundo museu em Marrakech, que foi inaugurado alguns dias depois do espaço em Paris. A cidade foi usada pelo casal como destino de férias.

O palacete parisiense que abriga o Museu YSL fica na 5 avenue Marceau e funciona de terça-feira a domingo, das 11h às 18h. Sexta-feira fica aberto até às 21h. A entrada inteira custa 10 euros, mas existe tarifa reduzida/gratuidade em alguns casos. Um programa cheio de estilo!

 

Localizada na Île de la Cité, na parte subterrânea do átrio da Catedral Notre-Dame, a Cripta Arqueológica de Paris é um museu não tão conhecido, mas muito interessante. Ela foi construída em 1980, com o intuito de mostrar ao público vestígios arqueológicos descobertos durante escavações entre os anos de 1965 a 1972.

O visitante da Cripta se depara com uma história de mais de 2000 anos de Paris, passando por uma linha do tempo que vai desde o cais da antiga cidade de Lutèce, engloba a muralha que, no início do século IV, servia como proteção contra invasões bárbaras, passa pelos vestígios de uma antiga rua medieval e do Hospice des Enfants-Trouvés, um orfanato da época do Renascimento, entre tantas outras coisas. Mais recentemente temos os traçados do sistema de saneamento do século XIX, que visava livrar a cidade de epidemias.

A entrada na Cripta custa 8 euros, mas se a pessoa comprar o Paris Museum Pass ela está incluída. Esse passe vale muito a pena porque acaba animando o turista a visitar locais como este, que talvez passem despercebidos se precisarem ser comprados por fora. Por 5 euros é possível alugar um áudio-guia em espanhol, francês ou inglês. O horário de funcionamento é de terça-feira a domingo, das 10 às 18 horas, podendo entrar até as 17h30. Acho que é uma passeio muito legal para todas as faixas etárias, basta que a pessoa goste de história.

 

 

Quando era criança eu tinha o sonho de acompanhar os Jogos Olímpicos bem de pertinho. Em 2016 o Rio de Janeiro foi sede e descobri que, apesar de ser um evento bem legal, que traz turistas e deixa a cidade num clima divertido, o alto custo de fazer as instalações dentro das especificações do Comitê Olímpico Internacional não costuma compensar porque os estádios e arenas ficam praticamente sem utilidade depois. Fora todo o problema de desvio de verbas e projetos de mobilidade urbana como o do metrô até a Barra, que ficou longe do que deveria.

Não sei se os motivos foram estes, mas o fato é que das cidades que se candidataram para sediar as Olimpíadas somente Paris e Los Angeles não quiseram sair da competição. Após Hamburgo, Roma e Budapeste retirarem suas candidaturas, o COI resolveu deixar que Paris e Los Angeles decidissem entre si quem sediaria os jogos em 2024 e quem ficaria com 2028. Paris levou 2024 e sediará o evento pela terceira vez, já que também recebeu os Jogos Olímpicos de 1900 e 1924.

A França está intimamente ligada às Olimpíadas, vale lembrar. O idealizador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna foi um francês, o barão Pierre de Coubertin. Sua intenção era criar um evento esportivo mundial, que ocorresse de maneira periódica e buscou inspiração na Grécia Antiga. Os Jogos Olímpicos de Verão (que é o nome oficial) tiveram sua primeira edição em 1986, na cidade de Atenas, na Grécia.

Paris, que já é uma das cidades mais visitadas – e amadas – do mundo, tem tudo para fazer uma bela festa Olímpica. Tomara que os recursos sejam usados de maneira a não só proporcionar um bom evento para atletas e turistas, mas que também tragam melhorias para os moradores, já que são eles a pagarem a conta.

Difícil pensar em alta costura sem lembrar da França e, principalmente, de Coco Chanel. A marca que leva o sobrenome de sua criadora é sinônimo de luxo e elegância e povoa o imaginário de pessoas ao redor do mundo, seja com o “pretinho básico”, a bolsa icônica ou famoso perfume nº 5. Para quem quer conhecer um pouco melhor a história por trás do Mito, existem algumas biografias e filmes que buscam contar sua vida.

Coco avant Chanel é uma dessas obras. Lançado em 2009, a cinebiografia é estrelada pela dyva Audrey Tautou e conta os anos antes da fama da menina que morou em orfanato e que mais tarde adotou o apelido Coco em apresentações musicais em cabarets. Vemos seus primeiros passos como costureira e o início da carreira de estilista criando chapéus para artistas de paris. A parte romântica fica a cargo do envolvimento com Arthur “Boy” Capel, que inclusive foi investidor de sua primeira loja. O filme não se propõe, portanto, a ser uma obra completa sobre sua vida. Seu enfoque é num recorte específico de tempo. Um filme de origem.

Por ter esse viés de acompanhar o desabrochar de Gabrielle a obra tem uma leveza que o deixa bem gostoso de assistir. É uma biografia “chapa-branca”, que não chega a tocar nos pontos mais polêmicos de sua vida e que, apesar de mostrar a personalidade forte de Chanel, foca mais em sua história de superação, em como ela era uma mulher a frente de seu tempo e visionária. Uma mulher que apesar de produzir moda, estava voltada para a autonomia feminina, uma vez que sua inspiração era a liberdade de usar calças, de se livrar dos espartilhos. Uma moda que foi buscar no armário masculino matéria-prima, mas que não transformou mulheres em cópias deles. Pelo contrário.

Para quem se interessa por moda e é fã de Chanel, o filme pode ser bastante interessante, mas acredito que mesmo quem não seja ligado neste universo corre o risco de gostar da obra, que conta com atuações muito boas e muito capricho na escolha de cenários, locações e figurinos. É a clássica história de superação, com um toque de girl power e roupas lindas. Uma combinação deliciosa para uma Sessão da Tarde.

 

Localizada na 16 Rue Norvins, a Biscuiterie de Montmartre é uma loja super charmosa e excelente opção para comer os tradicionais macarons franceses. Eles também vendem biscoitos ao estilo daqueles amanteigados que encontramos no Brasil, suspiros, caramelos, massas de frutas, entre outros doces lindos e gostosos.
Além de se deliciar com as especiarias da casa, comprando a granel para comer na hora ou mais tarde, também é possível comprar macarons e outros doces – de vários sabores – em lindas latas decoradas. Elas são uma ótima opção de lembrança de viagem para pessoas queridas, já que elas poderão se deliciar com um doce tipicamente francês e ainda usar a lata como um charmoso porta-trecos.
Localizada num dos bairros mais interessantes da cidade, a loja – inaugurada em 2010 por Pascal Vezinet, que aparece na foto da postagem – tem uma decoração tradicional e ao mesmo tempo acolhedora, com uma aura que faz com que o visitante se sinta transportado para um mundo lúdico, romântico e delicioso! =)

Localizado em um edifício dos anos 1850 (que era usado para estocar laranjas) dentro do Jardim de Tuileries, o Musée de l´Orangerie  abriga a famosa obra de Monet chamada As Ninfeias (Les Nymphéas). Entre 1895 e 1926, o pintor retratou em aproximadamente 300 telas o jardim aquático que ficava em sua propriedade em Giverny (e que hoje em dia é aberta para visitação). Especificamente as pinturas da composição que se encontra no museu foram criadas como um presente do pintor à França, tendo sido pintadas para ocupar o espaço em que se encontram hoje, cuja reforma na década de 1920 seguiu orientações do próprio Monet.

A telas são uma visão panorâmica de um lago, e por isso estão dispostas em toda a volta de duas salas ovais, localizadas no andar térreo. Com 1,97 metros de altura e variados comprimentos as telas que foram pintadas ao entardecer estão voltadas para o oeste, e as pintadas ao amanhecer ficam a leste. Bancos no centro da sala permitem que o visitante possa sentar e apreciar com calma o cenário criado. Andar pela sala, olhando a composição também é uma experiência muito interessante e imersiva.

No subsolo do museu grandes corredores abrigam obras de artistas como Renoir, Picasso e Cézanne, entre outros. Nesse espaço também ocorrem as exposições temporárias. Apesar de As Ninfeias serem as protagonistas do museu, seu acervo permanente como um todo é muito rico e encanta aos visitantes. É um passeio bastante agradável, que merece ser desfrutado com tranquilidade. Como não é um espaço tão grande é possível aproveitar tudo que ele oferece, o que não costuma acontecer em museus maiores.

O Museu de l´Orangerie funciona das 9h às 18h, fechando às terças-feiras. A tarifa inteira custa 9 euros, mas é sempre bom olhar antes para ver se não está incluído em algum passe que você tenha comprado. Também é possível comprar o ingresso em combos com outras atrações, como a fundação Claude Monet em Giverny.

 

 Se a ideia é visitar a França apenas para fazer turismo (estadias inferiores a 90 dias) os brasileiros não precisam solicitar um visto. É necessário apenas que o passaporte esteja com pelo menos seis meses de validade. Mesmo sem a obrigatoriedade de visto, é bom lembrar que ao chegar na França você vai passar pela imigração. Leve dinheiro, cartão de crédito, passagem, ingressos e reserva no hotel separados para que possa mostrar caso peçam.

É importante também não esquecer de fazer o seguro-saúde e de repatriamento no valor mínimo de 30.000 euros e que cubra todo o território “Schengen”(França, Alemanha, Grécia, Espanha, Itália, Áustria, Portugal, Finlândia, Suécia, Noruega, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Islândia e Luxemburgo). Se for ficar hospedado na casa de alguém leve um atestado de acolhimento, que deverá ser solicitado pelo seu anfitrião na prefeitura.

Caso seu objetivo não seja apenas passear, aí é necessário solicitar um visto. A lista de documentos é encontrada no site do Consulado, que também traz a tabela de preços. Eles dão a lista de acordo com o tipo de atividade ou a razão da viagem. Não achei nada sobre visto de trabalho de maneira geral, só localizei para au pair, bolsistas de estudos, cientistas e professores. Se sua carreira é outra não sei como fazer. Se souberem deixem nos comentários, por favor.

O Consulado Francês no Rio de Janeiro atende os residentes do estado do RJ, de MG e ES. Quem mora em BH deve usar o Consulado Honorário de Belo Horizonte. As pessoas residentes em outros estados deverão se dirigir aos consulados da França em suas respectivas circunscrições (São Paulo para a Região Sul e Brasília para as Regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste). Se o objetivo é visitar a Guiana Francesa, é necessário solicitar o visto de curta duração. Lembre sempre que se você precisa de visto é bom dar entrada no pedido com antecedência, para não passar sufoco!

 

Pensar em Paris é pensar em amor! Mesmo que não se visite a cidade acompanhado de quem nos deixa com “borboletas na barriga” é impossível não se contagiar pelo clima local. Atualmente não se pode mais deixar cadeados pelas pontes – e, cá para nós, amor não deve mesmo ter como símbolo algo que prende, né? -, mas existem muitos outros locais para tirar fotografias românticas ou simplesmente pensar – e celebrar – o mais nobre dos sentimentos.

Obra do artista Frédéric Baron, o Le mur des je t´aime é um painel composto por mais de 600 azulejos em uma área de 40m². O muro é azul, com fragmentos vermelhos – que representam pedaços de um coração partido que se forem reunidos formam novamente um coração. Nele está escrito “eu te amo” em mais de 300 idiomas. Para que cada palavra fosse registrada de maneira correta ele contou com a ajuda da calígrafa Claire Kito. A ideia do artista é mostrar que muros não servem apenas para segregar.

Como é uma instalação em local público,que fica num jardim na Place des Abbesses, em Montmarte, é possível visitá-lo gratuitamente. Os horários variam de acordo com a época do ano. É só dar uma olhada no site oficial – que inclusive tem uma lojinha virtual – para se programar. Recomendo incluir uma passada lá no dia em que for passear pela região, uma vez que é um programa rápido de se fazer. Rende belas fotos e aquela sensação gostosa de ver que todos dizem eu te amo.

 

 

O primeiro passo para organizar uma viagem para a França é pensar em como chegar lá. Infelizmente o teletransporte ainda não está disponível, então as opções são o avião ou o navio. Como pegar um cruzeiro Brasil-Europa demora bastante (por volta de duas semanas para atravessar o Atlântico!), a maneira mais prática é escolher uma das companhias aéreas que fazem esse trajeto.

Segundo o site da Skyscanner, as opções para voo direto entre o Rio de Janeiro e a França são a LATAM  e a Air France. Voos com escala são realizados por várias outras empresas, como a GOL, a TAP, a KLM e etc. Uma opção para quem não se importa com escalas é procurar voos deste tipo mesmo morando em uma cidade que tenha voo direto porque eles costumam ser mais baratos.

Para pesquisar preços é possível entrar diretamente nos sites das empresas ou usar sites de pesquisa como o Decolar e o Skyscanner, entre outros. A vantagem deles é que comparam diversos preços e permitem que o usuário crie um alerta para quando a passagem chegar num valor predeterminado. Mas é preciso prestar atenção porque muitos cobram uma taxa para a venda, o que pode fazer com que olhar nos sites da companhias seja mais barato.

Caso a intenção seja parcelar a passagem é preciso verificar onde vale mais a pena. A Air France permite fazer em até 4 vezes sem juros, enquanto no site do Decolar uma simulação de compra de passagens Rio-Paris deu como opção parcelar em até 6 vezes sem juros. Algumas agências fecham pacotes – também é possível comprar só a passagem – em 10 parcelas sem juros.

Segundo o site Melhores Destinos, a antecedência ideal para comprar passagens internacionais é entre 30 a 60 dias, na baixa temporada, e de 60 a 120 dias na alta. Para quem tem possibilidade de flexibilizar a época de tirar férias uma boa opção é programar a viagem para quando surgir uma promoção ou pelo menos evitar os meses de alta temporada.

Também é importante conferir as regras de bagagem que cada companhia possui, quantas malas e qual o peso permitido, qual o valor cobrado para levar mais peso/bagagem.Isso evita aborrecimentos e custos não planejados na hora do embarque. Além disso, é importante ler as regras do que pode ser levado na bagagem de mão e do que precisa ser despachado. Se você estiver com algo não permitido na hora do embarque vai ter que largar no aeroporto ou desistir do voo.

É importante lembrar também que a estadia permitida para turismo na França é de até 90 dias. Segundo o site do Consulado Francês em São Paulo as regras para a validade do passaporte são: “o passaporte deve ter validade superior a três meses a partir da data de saída do território europeu. Por exemplo, se você pretende permanecer por um mês na França, o passaporte deve ser válido por ao menos quatro meses. É recomendável viajar com um passaporte válido por pelo menos seis meses, no caso de você decidir permanecer 90 dias (permanência máxima autorizada sem visto)”.
Espero que as dicas tenham sido úteis! Bon voyage!