As eleições na França foram tudo menos monótonas. Depois de um primeiro turno acirrado, a disputa para presidência ficou entre Marine Le Pen e Emamnuel Macron. Extrema Direita versus Centro. Os franceses preferiram a segunda opção, talvez por receio das consequências que uma política contra a União Europeia e com viés xenofóbico poderia trazer para o povo. Mas qual o perfil do novo – e quase desconhecido – presidente da terceira maior economia da Europa?
Emmanuel Macron tem 39 anos e é o mais jovem presidente eleito da França, além de ser o primeiro desde 1958 – ano da fundação da República Moderna Francesa – que não pertence aos partidos Socialista e Republicanos. Até um ano atrás ele fazia parte do governo do presidente François Hollande, do partido Socialista, mas saiu para lançar o En Marche!.
Subiu ao poder sendo favorável à manutenção da França na União Europeia e com propostas que incluem um plano de 50 bilhões de euros para treinamento profissional,combate ao desemprego, incentivo a energias renováveis, investimentos em infraestrutura, modernização e cultura – com um vale para jovens no valor de 500 euros. É defensor de reformas econômicas de cunho liberal, que devem receber bastante resistência por parte de trabalhadores e sindicatos.
Como o En Marche! ainda engatinha na vida política francesa, não possui cadeiras no Parlamento. O partido disputará as próximas eleições e provavelmente precisará fazer alianças para ter governabilidade. O novo rosto da política francesa tem muitos desafios pela frente, principalmente o de equilibrar seu discurso de ser uma opção ao status quo ao mesmo tempo em que é um resultado bem sucedido do sistema francês.