Aí você passou os últimos meses levando quentinha para o trabalho para juntar o dindin do almoço e finalmente conseguiu comprar uma passagem econômica em cinco vezes sem juros pra Paris nas férias! Parabéns! Próximo passo? Onde ficar!
Pensando em dar uma ajudinha na hora de escolher um cafofo para dormir na Cidade Luz, resolvi escrever um pouco sobre o hotel em que fiquei hospedada e também fiz uma enquete com umas amigas sobre os lugares em que se hospedaram e o que acharam. Todo mundo classe média, sem grandes orçamentos.
Hôtel Audran – Localizado na 7 rue Audran, em Montmartre (18º arr.). Esse é o hotel em que fiquei. Fui com um casal de amigos e apesar deles oferecerem a opção de quarto individual fiquei sozinha em um quarto com cama de casal. Não me recordo se não tinha mais disponível essa opção quando fui ou se os quartos de solteiro contam com essa cama sempre.
Achei limpo e confortável, o WiFi era gratuito e funcionava bem. Não possuía café da manhã incluído nem frigobar, o que é comum em hotéis fora do Brasil. Tinha elevador e banheiro nos quartos. No meu o sanitário ficava numa ponta e o box com a pia em outra. Achei inusitado, mas ok. O quarto dos meus amigos possuía vista para a rua, o que deu um charme a mais. O atendimento do recepcionista foi cordial e tinha uma máquina de bebidas na entrada. Os inconvenientes foram que o espelho do banheiro deles desabou do nada! E no meu quarto o cofre não funcionava e não resolveram o problema, então tive que usar o dos meus amigos. Se tivesse sozinha teria pedido para trocar de quarto.
O hotel era perto da estação de metrô Abbesses, que foi inaugurada em 1912 e fica a 36 metros de profundidade – tem uma escadaria em caracol, mas também um elevador amigo! A partir do Audran é possível ir à pé até a Sacré-Coeur e outras atrações de Montmartre, como Le mur des “Je t’aime” e um Carrossel. A diária nesse hotel está por menos de 200 reais de acordo com o Booking de hoje e a avaliação dele está em 8,1. Acho que é um bom custo x benefício, principalmente se a pessoa curte a região de Montmartre. Não é uma área central, é toda trabalhada na ladeira no melhor estilo Santa Teresa-RJ, mas tem bastante charme. Acho que para pessoas com mobilidade reduzida e crianças pequenas fica complicado se hospedar ali porque pode ser um pouco de perrengue no sobe e desce. Admito que tentaria um hotel mais central na próxima para fazer menos baldeações e conseguir andar mais à pé, porém achei a experiência de ficar em Montmartre bastante válida e pretendo escrever mais sobre essa região.
Hôtel Mercure Paris Montmartre Sacre Coeur – Se você tiver um pouco mais de dinheiro para gastar, outra opção em Montmartre é esse hotel da rede Accor/Mercure no qual uma amiga se hospedou alguns anos atrás e gostou bastante. No site deles a diária está saindo por 362 dindins e ele é classificado como 4 estrelas. Fica a apenas 280 metros do Moulin Rouge e a estação mais próxima e a Place de Clichy, que dá acesso direto ao Arc de Triomphe e à Champs-Elysées. Essa parte de Montmartre é mais plana do que a onde fica o Audran. Eu não me lembro de ter visto esse hotel, mas particularmente não curti muito o entorno do Moulin Rouge, que me lembrou a Lapa-RJ. Achei com um clima muito boêmio, mas tem quem curta.
Hôtel Monte Carlo – Uma amiga passou a lua de mel nesse hotel e gostou. Ele fica na região do 9º arr., no bairro Opéra. O hotel fica entre as estações Grands Boulevards e Le Peletier. Essa última fica quase na porta dele. Para as gateiras e gateiros de plantão esse hotel tem gatinhos como tema da decoração. Outra curiosidade é que os quartos têm nomes de cidades. Ele também possui banheiros privativos, WiFi e o café da manhã não está incluído. O custo da diária está por volta de 285 dinheiros pelo Booking para essa época, em quarto de casal. A avaliação dele está em 7,7. Minha amiga disse que voltaria a se hospedar nele.
Hôtel Ibis Paris Avenue de la République – Outra amiga minha ficou nesse hotel, que já existia com o nome de Hôtel de la République, mas foi comprado e reformado pela rede Accor/Ibis. Como pertence à uma empresa grande segue o padrão que quem já se hospedou num Ibis conhece e acaba sendo uma escolha segura. É confortável e limpo. Com banheiros privativos, WiFi e café da manhã à parte da diária base. Minha amiga pago pelo café um dia, mas achou fraco o que também costuma ser uma característica Ibis. Fica localizado no 11º arr., no bairro Bastille. As estações de metrô mais próximas são Oberkampf, République e Parmentier. Ou seja, várias opções! De acordo com o Booking de hoje o preço está entre 218 e 256 e a avaliação atual dos hóspedes é 8,5.
É claro que o nível da hospedagem vai depender muito de quanta grana a pessoa tem e do tipo de viagem que curte. O bom de Paris é que ela tem MUITAS opções, para todos os bolsos e estilos. Desde o hotel mil estrelas até os albergues, passando pela possibilidade de alugar um apartamento em esquemas do tipo Airbnb – que eu ainda não tive coragem de experimentar. Também tem a vantagem de que o metrô tem várias linhas e cobre a cidade toda.
A dica que eu deixo é: pesquise bastante. Pergunte aos amigos que já foram e use os sites de comparação de preços, onde geralmente também dá para ler resenhas que outros hóspedes deixaram. Por ali você consegue ver fotos reais e ler sobre o que eles acharam de bom e ruim. Aí é filtrar! Eu também evitaria me hospedar fora de Paris. A dica é lembrar sempre que a cidade é formada por 20 arrondissements (como se fossem bairros) e escolher um deles, de acordo com seu perfil/bolso. Ficando dentro da cidade dá para fazer tudo de metrô e o preço do bilhete é mais em conta. Fora que se perde bem menos tempo para chegar nas atrações.
Deixem dicas nos comentários! =D
Mto bom!!! Curiosa pra ler os próximos!
Minha dica é que tb não ficaria hospedada na área do Moulin Rouge, pq de noite é meio estranho, dependendo da altura da rua. E que pena que não li sobre o Muro dos je t'aime…. Acabei não conhecendo ao passar ali pq não sabia que existia rs 🙁
Que bom que gostou! <3
Também não gosto muito dessa região do Moulin Rouge porque me dá uma sensação de insegurança parecida com a que tenho em alguns lugares do RJ. O muro é lindo, mas acaba passando batido se a pessoa não tiver ouvido falar dele. Eu fui porque minha amiga já conhecia e me levou.
Amei suas dicas, pretendo passar nesse muro.