Viajar por conta própria ou por agência? Eis a questão!

Na postagem anterior escrevi um pouco sobre hotéis, mas fiquei pensando que seria legal também falar sobre as opções de compra de passagem, reserva de hotel, passeios…Enfim, sobre qual o melhor jeito de organizar sua viagem para a França (ou para qualquer outro lugar, claro!). Vamos lá!

A primeira coisa a dizer é que não acredito em um modelo fechado que sirva para todo mundo. Eu já viajei comprando diretamente com a companhia área, já fui por agência e já comprei por site de pesquisa de preços. Com milhas nunca fui para lugar nenhum porque tem que ser rico para isso. Já viram o quanto é difícil fazer pontos suficientes para comprar uma simples passagem RioxSP? No fim das contas, acho que a melhor opção é aquela que se encaixa no seu perfil, bolso e momento de vida!

Agência de Viagens – Essa opção costuma ser mais cara, mas tem a vantagem de que o agente de viagens cuida de tudo por você. Normalmente essas empresas permitem o parcelamento em várias vezes sem juros no cartão de crédito, o que pode ser uma boa opção. Geralmente no pacote básico elas oferecem passagens, hospedagem, transfer (transporte aeroporto-hotel-aeroporto) e city tour (passeio pelos pontos turísticos, geralmente num ônibus ou van). Mas também é possível comprar ingressos/locomoção para outras atrações através da agência. Fora que se der algum problema você tem para quem ligar e solicitar uma solução. Acho que é a opção ideal para quem não está acostumado a organizar uma viagem sozinho e se sente inseguro para isso. Também é uma boa para quem não fala a língua do local (ou pelo menos inglês) porque eles costumam ter guias e atendimento em português.

Viajei duas vezes por agência e gostei. A primeira foi para Buenos Aires. Era minha primeira viagem para fora do Brasil e fui (com meu então namorado) pela Casa Aliança. Gostei dessa agência porque na época fizeram um bom preço e nos colocaram em voos com horários adequados. Eles cuidaram do hotel, transfer, seguro viagem e city tour. É importante prestar atenção porque algumas empresas oferecem um pacote de, por exemplo, cinco dias, mas quando você vai ver os horários dos voos (e as escalas!) descobre que vai passar só dois dias e meio no local. Fujam desse tipo de agência!

Outra empresa que usei em viagem foi a MR Agência de Viagens, que me foi indicada por uma amiga. Fui para Gramado com ela e gostei do hotel. Incluiu também as passagens aéreas, o transfer e um city tour. Eu só não gostei do voo ter escala, mas foi uma opção nossa (o mesmo namorado da viagem para Buenos Aires) na época para economizar. Hoje eu acho que não compensa fazer escala ou conexão para pagar menos porque é muito desgastante para mim, que tenho medo de avião. Mas para quem voa de boas pode ser uma escolha válida. Meus pais também usaram os serviços dessa agência uma vez e gostaram.

Essas são as que já utilizei e posso falar sobre, mas o que não faltam são opções! A maioria dos shoppings (pelo menos no RJ) possuem ao menos uma agência. E também é possível encontrar opções pela internet. Só aconselho que faça pesquisa de preço antes de fechar um pacote. Tire todas as dúvidas que pintarem e leia o contrato! Atenção para os horários dos voos, localização do hotel e etc. Melhor ser um cliente “chato” do que um viajante frustrado!

Conta própria – Comprar tudo separado tem a vantagem de que geralmente sai mais barato. Mas dá mais trabalho! No caso das passagens recomendo olhar todas as empresas que possuem voos para França. A gente logo pensa em Air France, mas existem outras que fazem esse trajeto. Quando fui pegamos um voo da KLM e como tinha uma parada obrigatória em Amsterdã aproveitamos para esticar a troca de aeronave e ficamos seis dias na cidade! Fizemos isso pelo site mesmo. Comprar passagens por sites como Decolar.com, que fazem a pesquisa de preço por você tem a desvantagem de ter uma taxa a ser paga eles. Fiquem de olho nisso porque geralmente vale mais a pena pesquisar lá e comprar diretamente no site da empresa. Fora que peguei implicância com eles desde enrolaram meu atual namorado. Tínhamos direito a um desconto numa promoção deles com a Mastercard e eles não aplicaram nem deram ouvidos quando reclamamos. Comprar por milhas é uma opção para quem usar muito o cartão de crédito. E tem um site chamado MaxMilhas, que promete facilitar a compra e venda delas. Eu nunca usei, mas uma amiga já vendeu milhas por lá e deu tudo certo. Pode ser uma boa caso você não tenha milhas suficientes para comprar uma passagem porque pode vender lá suas milhas e usar a grana em alguma outra despesa da viagem.

Segundo o site da Exame os melhores dias para a compra da passagem internacional são ida na sexta-feira a volta na segunda-feira para viagens de até sete dias e ida na segunda-feira/terça-feira e volta na quarta-feira/quinta-feira caso vá ficar mais de sete dias. Se você tem flexibilidade para marcar as férias é uma boa fugir dos meses de férias escolares porque a procura – e os preços – aumentam.Comprar com alguma antecedência é bom, mas não muita. Adquirir uma passagem para daqui um ano provavelmente não vai valer a pena. Comprar para o dia seguinte também não. Pesquisando na internet eu achei a sugestão de comprar entre 30 a 60 dias para a baixa temporada e entre 60 e 120 dias na alta temporada em voos para fora do Brasil. As regras para bagagem estão para mudar. Quanto começarem a valer pretendo fazer um novo post. Acredito que vai encarecer o preço final e que vamos ter que economizar um pouco mais para comprar as passagens e conseguir andar vestido no destino das férias, afinal quem viaja sem mala?

Hospedagem eu já tratei melhor no outro post, mas se você vai por conta própria acho que a boa é olhar sites de comparação de preços como Booking e Trivago, ir nos sites próprios dos hotéis/hostels que gostar, ler as avaliações do TripAdvisor, perguntar aos amigos sobre onde já ficaram e pesquisar sobre a localização antes de fechar. A vantagem de um Booking da vida é que é em português. Contato diretamente com o hotel/hostel você provavelmente vai precisar pelo menos usar o inglês. Claro que dá para usar o tradutor, mas alguma informação pode ser pedida no processo. E tem a opção de aluguel de apartamentos também. Nunca usei esse tipo de serviço, mas parece que fica mais em conta.

Para o transfer do aeroporto para o hotel é possível pesquisar antes sobre como sair do aeroporto de transporte público, que costuma ser a opção mais barata – e trabalhosa. Também vale a pena investigar se a cidade para a qual você vai tem serviços do tipo Uber/Cabify, que podem ser uma opção intermediária entre o táxi e o transporte público. Muitos aeroportos contam com serviço de ônibus executivo que deixam em locais estratégicos. E é claro que sempre tem a opção do táxi. Geralmente é caro, mas no sufoco salva. Tome sempre cuidado de pegar carros oficiais, com taxímetro. Na frança também tem taxista enrolão!

As atrações também podem ser compradas por conta própria, seja na hora ou através da internet. Eu sugiro comprar tudo que for possível antes, para evitar fila. Você pode comprar tanto através das páginas oficiais dos lugares quanto em sites que fazem revenda de ingressos. Nesse caso é importante verificar se são empresas sérias antes de passar o cartão! Também existem os passes que englobam mais de uma atração e geralmente valem a pena. No caso de Paris usei o Museum Pass e amei. Pretendo fazer uma postagem só sobre ele porque é ótimo, principalmente para quem ama um museu.

O seguro viagem é um serviço que se deve contratar quando a viagem é para fora do Brasil. Ele faz com que você esteja coberto caso precise de atendimento médico e alguns outros problemas durante a viagem. O agente da imigração pode solicitá-lo. E mesmo que ele não faça eu acho importante investir esse dinheiro sim. Vai que acontece algo, não é mesmo? É o tipo de coisa que se contrata torcendo para não usar, mas que ter dá uma segurança a mais. Alguns cartões de crédito oferecem gratuitamente quando se faz a compra da passagem por eles. Procure saber sobre isso quando comprar a passagem. Caso tenha que contratar um por conta própria existem empresas como a Mondial e a SulAmérica que oferecem esse serviço. Também vale a pena pesquisar antes não apenas o preço, mas também as coberturas que eles dão direito.

Espero que essa postagem possa ajudar nos planos da sua próxima viagem! Seja por agência ou por conta própria viajar é uma delícia e vale a pena o investimento. Deixem dúvidas e dicas nos comentários! =D

Um hotel para chamar de seu!

Aí você passou os últimos meses levando quentinha para o trabalho para juntar o dindin do almoço e finalmente conseguiu comprar uma passagem econômica em cinco vezes sem juros pra Paris nas férias! Parabéns! Próximo passo? Onde ficar!
Pensando em dar uma ajudinha na hora de escolher um cafofo para dormir na Cidade Luz, resolvi escrever um pouco sobre o hotel em que fiquei hospedada e também fiz uma enquete com umas amigas sobre os lugares em que se hospedaram e o que acharam. Todo mundo classe média, sem grandes orçamentos.

Hôtel Audran – Localizado na 7 rue Audran, em Montmartre (18º arr.). Esse é o hotel em que fiquei. Fui com um casal de amigos e apesar deles oferecerem a opção de quarto individual fiquei sozinha em um quarto com cama de casal. Não me recordo se não tinha mais disponível essa opção quando fui ou se os quartos de solteiro contam com essa cama sempre.

Achei limpo e confortável, o WiFi era gratuito e funcionava bem. Não possuía café da manhã incluído nem frigobar, o que é comum em hotéis fora do Brasil. Tinha elevador e banheiro nos quartos. No meu o sanitário ficava numa ponta e o box com a pia em outra. Achei inusitado, mas ok. O quarto dos meus amigos possuía vista para a rua, o que deu um charme a mais. O atendimento do recepcionista foi cordial e tinha uma máquina de bebidas na entrada. Os inconvenientes foram que o espelho do banheiro deles desabou do nada! E no meu quarto o cofre não funcionava e não resolveram o problema, então tive que usar o dos meus amigos. Se tivesse sozinha teria pedido para trocar de quarto.

O hotel era perto da estação de metrô Abbesses, que foi inaugurada em 1912 e fica a 36 metros de profundidade – tem uma escadaria em caracol, mas também um elevador amigo! A partir do Audran é possível ir à pé até a Sacré-Coeur e outras atrações de Montmartre, como Le mur des “Je t’aime” e um Carrossel. A diária nesse hotel está por menos de 200 reais de acordo com o Booking de hoje e a avaliação dele está em 8,1. Acho que é um bom custo x benefício, principalmente se a pessoa curte a região de Montmartre. Não é uma área central, é toda trabalhada na ladeira no melhor estilo Santa Teresa-RJ, mas tem bastante charme. Acho que para pessoas com mobilidade reduzida e crianças pequenas fica complicado se hospedar ali porque pode ser um pouco de perrengue no sobe e desce. Admito que tentaria um hotel mais central na próxima para fazer menos baldeações e conseguir andar mais à pé, porém achei a experiência de ficar em Montmartre bastante válida e pretendo escrever mais sobre essa região.

Hôtel Mercure Paris Montmartre Sacre Coeur – Se você tiver um pouco mais de dinheiro para gastar, outra opção em Montmartre é esse hotel da rede Accor/Mercure no qual uma amiga se hospedou alguns anos atrás e gostou bastante. No site deles a diária está saindo por 362 dindins e ele é classificado como 4 estrelas. Fica a apenas 280 metros do Moulin Rouge e a estação mais próxima e a Place de Clichy, que dá acesso direto ao Arc de Triomphe e à Champs-Elysées. Essa parte de Montmartre é mais plana do que a onde fica o Audran. Eu não me lembro de ter visto esse hotel, mas particularmente não curti muito o entorno do Moulin Rouge, que me lembrou a Lapa-RJ. Achei com um clima muito boêmio, mas tem quem curta.

Hôtel Monte Carlo – Uma amiga passou a lua de mel nesse hotel e gostou. Ele fica na região do 9º arr., no bairro Opéra. O hotel fica entre as estações Grands Boulevards e Le Peletier. Essa última fica quase na porta dele. Para as gateiras e gateiros de plantão esse hotel tem gatinhos como tema da decoração. Outra curiosidade é que os quartos têm nomes de cidades. Ele também possui banheiros privativos, WiFi e o café da manhã não está incluído. O custo da diária está por volta de 285 dinheiros pelo Booking para essa época, em quarto de casal. A avaliação dele está em 7,7. Minha amiga disse que voltaria a se hospedar nele.

Hôtel Ibis Paris Avenue de la République – Outra amiga minha ficou nesse hotel, que já existia com o nome de Hôtel de la République, mas foi comprado e reformado pela rede Accor/Ibis. Como pertence à uma empresa grande segue o padrão que quem já se hospedou num Ibis conhece e acaba sendo uma escolha segura. É confortável e limpo. Com banheiros privativos, WiFi e café da manhã à parte da diária base. Minha amiga pago pelo café um dia, mas achou fraco o que também costuma ser uma característica Ibis. Fica localizado no 11º arr., no bairro Bastille. As estações de metrô mais próximas são Oberkampf, République e Parmentier. Ou seja, várias opções! De acordo com o Booking de hoje o preço está entre 218 e 256 e a avaliação atual dos hóspedes é 8,5.

É claro que o nível da hospedagem vai depender muito de quanta grana a pessoa tem e do tipo de viagem que curte. O bom de Paris é que ela tem MUITAS opções, para todos os bolsos e estilos. Desde o hotel mil estrelas até os albergues, passando pela possibilidade de alugar um apartamento em esquemas do tipo Airbnb – que eu ainda não tive coragem de experimentar. Também tem a vantagem de que o metrô tem várias linhas e cobre a cidade toda.

A dica que eu deixo é: pesquise bastante. Pergunte aos amigos que já foram e use os sites de comparação de preços, onde geralmente também dá para ler resenhas que outros hóspedes deixaram. Por ali você consegue ver fotos reais e ler sobre o que eles acharam de bom e ruim. Aí é filtrar! Eu também evitaria me hospedar fora de Paris. A dica é lembrar sempre que a cidade é formada por 20 arrondissements (como se fossem bairros) e escolher um deles, de acordo com seu perfil/bolso. Ficando dentro da cidade dá para fazer tudo de metrô e o preço do bilhete é mais em conta. Fora que se perde bem menos tempo para chegar nas atrações.

Deixem dicas nos comentários! =D

1, 2, 3 e já!

Não sou professora de francês ou agente de viagens. Também não moro/morei na França, apenas visitei Paris. Mas sou uma apaixonada pelo país, então resolvi fazer um bloguinho “gente como a gente” com informações e curiosidades sobre a França! Espero que gostem. E que possa ajudar a quem está planejando estudar a língua, a cultura, visitar ou mesmo morar pela terra do macaron! <3